No próximo domingo, 7 de setembro, é comemorada a Independência do Brasil, momento em que o país deixa de ser colônia de Portugal. Apesar de ter acontecido no ano de 1822, esse momento teve influência de acontecimentos iniciados em 1808, com a chegada da família real portuguesa no Brasil.
Segundo o professor de história e coordenador pedagógico do Poliedro Colégio, Natanael Soares de Barros, a abordagem da independência do Brasil no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) apresenta a diversidade e complexidade do tema. É procurado dos participantes um conhecimento sobre aspectos políticos, sociais e econômicos do período.
O professor destaca a importância de entender que é possível que o tema seja abordado em questões de formas diversas, as vezes, explicita ou implícita. Nos últimos anos, o tema da independência brasileira tem sido recorrente tanto no Enem quanto em outros vestibulares, para isso o período tem sido interpretado a partir de diferentes perspectivas e fontes históricas.
“É crucial salientar que o Enem adota uma perspectiva de processos históricos, o que implica refletir sobre a constante transformação das sociedades e sobre as conexões entre os eventos a partir das diferentes percepções dos grupos identitários da sociedade.”
Natanael Soares de Barros
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Crédito: Divulgação/Poliedro Colégio
7 dicas para estudar a independência do Brasil para o Enem 2025
Natanael destaca a importância de estudar para o Enem 2025 realizando exercícios de provas anteriores de forma a compreendê-los a partir de uma perspectiva crítica e distanciado, analisando os pontos abaixo:
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Leia e identifique a fonte: sempre observe se o enunciado traz pinturas, textos historiográficos, jornais da época ou excertos de livros. Isso já indica o caminho da interpretação.
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Destaque o tema central: marque palavras-chave que mostrem o recorte da independência (memória, símbolos nacionais, revoltas, grupos sociais, personagens históricos).
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Analise o argumento do texto/imagem: pergunte-se: qual ideia está sendo construída, defendida ou sugerida? Que visão de independência está sendo abordada?
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Relacione com o contexto histórico: traga seu conhecimento sobre o processo de emancipação e suas contradições (elitismo, participação popular, símbolos criados).
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Compare perspectivas: treine analisar diferentes pontos de vista (como jornais, historiadores ou imagens) e perceber divergências, semelhanças, intencionalidades e vieses ideológicos.
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Conecte com debates atuais: reflita como a construção da memória, da identidade nacional e das representações do passado continuam relevantes hoje e são campos de debates e disputas de identidades.
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Pratique releituras e resumos: faça segundas leituras, anote os principais pontos e crie mapas mentais para fixar as diferentes abordagens exigidas pelos vestibulares anteriores.
Faça o download das provas anterioes do Enem, para estudar.
Como a independência do Brasil é abordada no Enem?
Natanael aponta que, para realizar uma análise eficaz da questão sobre a independência do Brasil, é importante seguir algumas etapas, destacadas pro ele:
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identificar o texto;
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destacar o tema e as ideias principais;
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entender o texto e os argumentos apresentados;
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e, por fim, relacionar com o seu conhecimento prévio.
Para o professor, os participantes do Enem encontram mais dificuldade na leitura dos textos apresentados no exame do que no conteúdo de história exigido. Natanael aconselha a fazer mais de uma leitura do material apresentado de forma crítica e atenta, quando possível, para superar essa dificuldade.
“Embora essa tarefa possa parecer simples, a pressão e o tempo limitado durante a resolução dos vestibulares frequentemente reduzem o rigor da leitura, resultando na omissão de informações essenciais para a correta interpretação do enunciado.”
Natanael Soares de Barros
Saiba mais sobre a Independência do Brasil
Questões sobre a Independência do Brasil no Enem
Natanael ainda indica algumas questões em que o tema foi abordado no Enem:
“Em 2013 a questão partiu da pintura Proclamação da Independência, de François-René Moreaux, e de uma fotografia de D. Pedro II, feita por Marc Ferrez, para provocar uma reflexão que fosse além da centralidade de D. Pedro I no processo de independência.”
Crédito: Reprodução/Enem 2013.
Resposta: letra b
"Em 2019, a abordagem voltou-se para a participação de Maria Quitéria, destacando as hierarquias sociais rígidas da época e questionando a exclusividade das narrativas centradas em figuras masculinas.”
Crédito: Reprodução/Enem 2019.
Resposta: letra a
"Por fim, em 2020, a independência foi examinada a partir das revoltas de Pernambuco de 1817, com análise comparativa de publicações como Correio Brasiliense e Gazeta do Rio de Janeiro, o que permitiu refletir sobre diferentes visões em torno da emancipação.”
Crédito: Reprodução/Enem 2020.
Resposta: letra b
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