Ações afirmativas das universidades

Cota racial
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A discussão é antiga, mas a prática é recente. As cotas passaram a ser realidade no país quando a UnB, de forma ousada, implantou um programa de ações afirmativas beneficiando os candidatos negros na hora do Vestibular.

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E como um efeito dominó, outras instituições públicas de ensino superior em todo país passaram a adotar medidas para facilitar a entrada de estudantes prejudicados pela desigualdade social e racial persistente no país.

Por meio da reserva de vagas ou da metodologia de bonificação, a maioria delas viu com bons olhos os resultados obtidos, afinal o mito de que cotistas poderiam piorar a qualidade de ensino e o nível de desempenho dentro da universidade já caiu por terra.

O grande passo para a política de ações afirmativas se consolidar de vez foi dado em 2012 quando o Governo Federal aprovou a chamada Lei de Cotas (Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012). Ela obriga as universidades, institutos e centros federais a reservarem 50% das vagas oferecidas em seus processos seletivos a candidatos cotistas. As instituições tem até 2016 para cumprirem a determinação. 

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Das vagas reservadas, metade deve ser designada a estudantes de escolas públicas com renda familiar mensal por pessoa igual ou menor a um salário mínimo e meio e a outra metade fica com alunos de escolas públicas com renda familiar mensal por pessoa superior a 1,5 salário mínimo. Em ambos os casos é necessário um percentual mínimo de reserva para pretos, pardos e indígenas, levando em consideração o último censo demográfico do Estado.

Segundo dados do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), 40,3% das vagas em universidades federais brasileiras já são destinadas aos candidatos cotistas, o que totaliza 77.374 postos. Em 2012, o número correspondia a 21,6%.

O Vestibular Brasil Escola traz como várias instituições discutiram e elaboraram seus próprios programas de ações afirmativas e como essas experiências mudaram o panorama acadêmico de algumas delas. 

Artigos de Ações afirmativas das universidades


Cotas na UEAP

Percentagem de vagas a serem reservadas depende da quantidade de candidatos inscritos no vestibular.

Cotas na UEG

Reserva de vagas abrange estudantes de escolas públicas, afro e indiodescendentes, além de deficientes.

Cotas na UEM

A instituição aderiu ao Sistema de Cotas no Vestibular de 2009.

Cotas na UEMG

O programa oferece 20% das vagas para candidatos afrodescendentes, 20% para estudantes de escolas públicas e 5% para portadores de necessidades especiais e indígenas.

Cotas na UEMS

Mesmo adotando o SiSU como principal forma de ingresso, a Universidade do Estado de Mato Grosso do Sul (UEMS) mantém a política de ações afirmativas adota em 2004.

Cotas na UEPG

Percentagem de vagas reservadas para as cotas é defenida após o encerramento das inscrições.

Cotas na UERJ, UENF e UEZO

O sistema de cotas no estado do Rio de Janeiro é amparado pela lei promulgada em 2002 e que passou por algumas alterações em 2007.

Cotas na UESC

O sistema de cotas contempla estudantes de escolas públicas, com reserva pra negros, índios e quilombolas.

Cotas na UFF

Universidade reserva 10% de vagas a mais para canddiatos de colégios públicos municipais e estaduais.

Cotas na UFG

Além da Lei das Cotas, instituição possui o UFG Inclui, que beneficia índios, quilombolas e surdos.

Cotas na UFSC

Universidade reserva vagas para negros, estudantes de escolas públicas e indígenas.

Cotas na UNEB

A UNEB foi a primeira instituição do nordeste do Brasil a implantar o sistema de cotas.

Cotas na Unemat

Além do vestibular tradicional, a instituição realiza seleção por meio do SiSU.

Cotas na Unicamp

O Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS) adiciona pontos ao desempenho de estudantes da rede pública.

Cotas na USP

Principal meta é que 30% dos aprovados no Vestibular da Fuvest seja de estudantes enquadrados do Inclusp.

UFAL

Federal de Alagoas inova em reservar vaga dentro do sistema de cotas.

UFBA

O programa destina 43% das vagas para estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas públicas.

UFES

Além de estudo em escola pública, o candidato deve comprovar renda familiar de, no máximo, sete salários mínimos.

UFGD

25% do total de vagas é destinado para egressos do ensino público brasileiro.

UFMG

A ideia é democratizar o acesso à seleção de alunos de escolas públicas com maior potencial.

UFOP

O sistema implementado em 2008 é válidos para todos os processos seletivos.

UFPA

Universidade reserva vagas para estudantes de escolas públicas, negros, indígenas e quilombolas.

UFPB

Universidade reserva vagas para estudantes de escolas públicas, negros, índios e deficientes.

UFPI

Em seu processo seletivo seriado, a reserva de vagas chega a 20% do total de cada curso.

UFPR

O candidato poderá concorrer às vagas de apenas um dos três sistemas de cotas.

UFRGS

O programa reserva 30% dos postos da universidade para egressos do ensino público e passará por reavaliações anuais até 2012.

UFRJ

Candidatos oriundos do ensino público têm direito a 30% do total de vagas.

UFRN

Estudantes de escolas públicas ganham bônus de 10% na pontuação final do vestibular.

UFS

As regras passaram a valer no processo seletivo seriado para ingresso em 2010.

UFSCar

Até 2016, metada das vagas serão exclusivas para egressos do ensino público brasileiro.

UFSJ

Reserva é para candidatos engressos dos ensinos médio e fundalmental de escola pública.

UFSM

A instituição mentora do Sistema Cidadão Presente.

UFT

A partir do Vestibular 2005, 5% das vagas passaram a ser reservadas para indígenas.

UnB

A instituição foi a primeira do país a adotar um sistema de reserva de vagas para negros.