Como não errar na escolha da profissão

Por Adriano Lesme
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Escolher qual profissão seguir está entre os momentos mais importantes da vida da maioria das pessoas. Uma escolha errada pode resultar em uma carreira profissional desmotivadora e repleta de problemas que podem afetar também outras partes da vida, como saúde e família. Para tentar ajudar os jovens que estão vivendo esse momento, entrevistamos o professor de Planejamento de Carreira do Instituto Brasileiro de Tecnologia (IBTA), Nelson Fender, que é especialista em Orientação Vocacional.

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De acordo com Nelson Fender, o ideal é que a escolha da profissão comece ainda no final do ensino fundamental, com ajuda das escolas. “A partir do 8º e 9º anos do ensino fundamental deveria ser inserido na grade um programa de orientação profissional com periodicidade regular no ensino médio”. Fender comenta que atualmente os jovens começam a despertar o interesse por escolha profissional somente quando chegam ao 2º ano do ensino médio, com 16 anos.

Mas o que podemos fazer na hora de escolher a profissão? O professor do IBTA afirma que o primeiro passo é o autoconhecimento. “O jovem deve estar atento às suas reações emocionais e ao comportamento diário, procurar identificar interesses, motivações e habilidades”. Outros fatores que também devem ser levados em conta são as faculdades que disponibilizam o curso, a grade curricular, necessidade de mudanças de cidades, mercado de trabalho e não adequação da carreira ao perfil do jovem.

Um bom exercício é montar uma lista do que gosta e o que não gosta de fazer. Depois, mostre e discuta essa lista com pais, professores e amigos de turma, que podem ajudar o jovem a traçar melhor seu perfil e ver com qual profissão se encaixa. Caso o estudante não tenha clareza de suas reações, dúvida com relação ao seu comportamento e não consiga efetuar escolhas que possam impactar na sua rotina, Nelson Fender aconselha procurar um orientador vocacional.

nelson fender
Professor Nelson Fender

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Os pais devem ser ouvidos no momento da escolha profissional, especialmente se houver conhecimento com relação ao mercado de trabalho. No entanto, Fender diz que os pais devem compreender a escolha do filho e não influenciá-lo com os sonhos que eles têm. O papel dos pais é discutir com os filhos os fatores de sucesso e dificuldades impostas pela carreira escolhida – afirma o especialista.

Segundo o professor do IBTA, os principais erros cometidos por pessoas que não se identificam com a carreira são: escolha precipitada, sem considerar as características pessoais; escolher apenas pelo retorno financeiro; escolha baseada em modelos familiares; optar pela carreira da moda. “Um exemplo prático são os jovens que escolhem fazer Direito porque o pai é advogado e já possui um escritório, mas não param para analisar se essa profissão se encaixa no seu perfil”.

Se o jovem não exercitar o autoconhecimento, a possibilidade de se frustrar com a carreira escolhida é maior. “A escolha da profissão deve passar por uma análise de quem eu sou, o que eu quero e o que eu posso fazer” – finaliza Nelson Fender.