Maior ou menoridade, o problema não é esse

    Há muito vem sendo discutido sobre a polêmica (da) diminuição da maioridade penal, tendo em vista os mirabolantes crimes elaborados por certos indivíduos: homicídios, latrocínios, entre outros. Segundo a lei, são impunes os menores de dezoito anos. É dito também que os mesmos devem ter(receber) tratamento diferenciando daquele imposto aos adultos, sendo então, direcionados a institutos de reeducação. Diante disso, percebe-se que o padrão legislativo penal brasileiro adotado é o caráter etário.

    Para alguns visionários, o país segue com patamares de legislação antigos e que devem ser retificados com emendas e, quando aprovadas, dentre as várias consequências positivas, destaca-se a considerável segurança pública. Por outro lado, duplicaria o problema do sistema penitenciário, com máximas lotações e despesas para o governo, o famoso "auxílio-reclusão".

    Outra adversidade está no fato de esse tipo de punição já adaptado em outros países como Inglaterra e Estados Unidos, em que é analisada a índole criminosa e não biológica, como no Brasil; é tênue e não teria mudanças sustentáveis e significativas, uma vez que o cidadão é podado conforme o meio em que ele vive. Um pessoa que convive com outras praticantes de erros, por conseguinte, o mesmo há de fazer. Em geral, é proferido na mídia que a criminalidade está inversamente ligada à classe social: quanto menos educação, menos oportunidades surgem e maior é o índice errôneo existente, maior é o grau de violência imposto na sociedade. 

    Medidas devem ser sancionadas para que de alguma forma, obtenha-se êxito e que a sociedade venha conviver em comunhão. Portanto, ainda que a maioridade passe a diminuir em dois ou três anos, não resolveria o problema, que de uns anos para cá vêm se alastrando em todo o Brasil. O melhor a ser feito, embora comum, é investir com vontade na educação social e psicológica dessas pessoas, disponibilizar mais  empregos e oportunidades para todos, pois só assim, fará que com que haja sentido de igualdade perante todos, uma vez que o gerador de discrepância social é a própria ausência de ensejos.