Pontos polêmicos no projeto de Transposição do Rio São Francisco

O projeto de transposição do Rio São Francisco ainda possui vários pontos polêmicos e, dessa forma, não deve ser executado. A desestruturação das hidrelétricas do médio baixo – vale do rio, a questão dos “vazanteiros” e a promoção maior [de maior] desigualdade são alguns deles.
       Os grandes latifundiários da região possuem grande interesse na transposição, pois as extensas dimensões de suas terras seriam melhor irrigadas. Isso faria que tanto a produção em seus domínios de terra quanto a arrecadação do governo com impostos aumentassem.
       Os “vazanteiros”, pequenos proprietários de terra que plantam hortas nas margens do rio, seriam prejudicados imediatamente. Possivelmente, milhares de famílias ficariam sem o sustento retirado das culturas agrícolas que são plantadas nas proximidades e que dependem do nível fluvial.
       A desestruturação das hidrelétricas construídas no rio como Paulo Afonso, Itaparica e Xingó é uma ameaça em potencial. Essas usinas fornecem 95% da energia da região nordeste e uma diminuição do nível de água poderia causar apagões e falta de eletricidade.
       Portanto, o bom senso deve ser usado antes do projeto começar a ser executado. Primeiramente, esses três problemas e outros precisam ser resolvidos para que no futuro essa grande obra não venha a se tornar um fardo, fruto de má administração e de falha no planejamento.