[Sem título] - Corrige Aqui

“Segunda Chamada” é uma série que aborda as limitações financeiras de uma escola pública focada no ensino de jovens e adultos em que a aliança da educação com a tecnologia para um aprendizado mais dinâmico ainda é um impasse. Nessa abordagem, a realidade da instituição supracitada transcende a ficção e serve como retrato da realidade de muitos estados do Brasil. Diante disso, duas questões relevantes podem ser observadas: o atual uso pouco estratégico da tecnologia nas salas de aula e a problemática aquisição governamental dos equipamentos para a digitalização. (Muito bem. Formulou a tese) 

Nesse viés, é válido abordar a utilização indevida dos adventos da modernidade nas escolas, que já estão presentes em alguns contextos, mas são mobilizados pelos discentes em momentos indevidos e atrapalham o aprendizado. Sob essa análise, Darcy Ribeiro, sociólogo, aponta o Brasil como uma unidade cultural e social formada por muitas outras menores e diversas entre si, o que exige políticas públicas mais específicas para cada contexto. Nessa óptica, uma vez que o país teve ímpetos de digitalização em certas localidades - principalmente as mais ricas - e em outras a chegada de celulares antes da alfabetização é um problema, a diversidade teorizada se mostra como um impasse que aponta para a o letramento digital e o estabelece como um passo anterior e extremamente necessário para a aliança com a tecnologia, seja nos lares ou nas escolas. Diante desse cenário, isso ocorre porque a internet foi introduzida no país sem a mínima preocupação de capacitar os usuários quanto a um uso estratégico e integrado ao aprendizado de mais qualidade, por exemplo. Dessa forma, como desencadeamento, pela carência de domínio da utilização dos adventos, os muitos perfis apontados por Ribeiro não gozam da tecnologia no âmbito educacional. (Delimite a discussão)

(Boa estratégia coesiva) Além disso, também é válido abordar a problemática da aquisição dos equipamentos por parte do Estado, dados os contextos de desvios de verba, principalmente. Nesse prisma, Dráuzio Varella, célebre médico e ex-servidor público, afirma que a corrupção é um elemento que sucateia os serviços governamentais e instaura o extermínio dos que dependem deles. Sob essa concepção, o atual sistema de escoamento dos recursos públicos da esfera federal para as dimensões estadual e municipal envolve muitas pessoas e esbarra com a falta de ética no caminho, o que impede a chegada de computadores a pequenas escolas afastadas dos centros urbanos, que são locais pouco fiscalizados quanto à transparência do poder público. Nessa interpretação, tal cenário ocorre pois, historicamente, o âmbito educacional é visto como alvo fácil para os bandidos eleitos pelo povo se apropriarem do dinheiro que deveria custear os avanços. Desse modo, como consequência, a tecnologia é impedida de adentrar o contexto educacional brasileiro, ao passo que o montante que proveria sua implementação é desviado para o bolso de corruptos, como teoriza Dráuzio. (Reestruture a discussão)

(Boa estratégia coesiva) É necessário, portanto, sanar os desafios para a incorporação da tecnologia à educação brasileira. Para isso, cabe ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - agente que gere o setor informático no país - mediante o convênio com escolas privadas de tecnologia, ofertar letramento digital à população interessada, a fim de capacitar os internautas para a realização de um uso estratégico da tecnologia no âmbito da aprendizagem, ao atender de modo dinâmico uma das diversas demandas apontadas por Ribeiro. Ademais, compete ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos - órgão que coordena a atuação dos servidores públicos - por meio da instauração de investigações internas, mapear o trânsito do dinheiro enviado para o investimento em tecnologia, com o fito de desmontar esquemas de corrupção como os que Dráuzio apontou serem prejudiciais. Assim, casos como o de “Segunda Chamada” serão evitados no Brasil.