A primeira escravidão: um olhar sobre a permanência no abuso

Mesmo com o avanço das questões do “feminino” entre aspas, uma vez que, (Sem vírgula) falar a partir do feminismo é algo ainda sensível e polêmico em algumas esferas. Isto é, o feminismo é plural, não temos como conceber o universo feminino como uma única categoria universal. No entanto falar sobre relacionamentos abusivos sem trazer o feminismo é quase impossível. (Truncamento) Visto que ele marca um ponto histórico sobre as questões relacionadas aos estudos de gênero e violência de gênero. Diante desses aspectos, para algumas mulheres recolher ou identificar abusos dentro de uma relação não é tão simples como o nosso senso comum pode nos levar a achar. (Melhore a contextualização do tema)

De acordo com Mary Wollstonecraft (2021), a primeira escravidão a existir no mundo é a do corpo feminino. Bem como, Silviai Federici (2017) em seu livro Caça as Bruxas ao abordar a perseguição sofrida pelas mulheres no movimento caça às sbruxas no século XVII. Também temos Rita Segato (2025) “As estruturas elementares das violências” em seus estudos sobre violência de gênero que retrata o olhar do masculino perante o corpo feminino (sim corpo) em seus trabalhos Segato ao trazer o termo corporação para falar do mandato masculino, que funciona como uma corporação os homens se protegem entre si a partir de uma hierarquia de poder, e tudo aquilo que não é igual a eles é subjugado e usado a favor dessa corporação. Dessa maneira, o ponto central aqui é como podemos pensar que mesmo diante de uma vasta literatura sobre o feminino/ feminismo, acesso a informações a partir da internet, redes sociais, grupos de mulheres entre outros. (Melhore a progressão de ideias) O que faz uma mulher permanecer em uma relação abusiva.

Retomando Silvia Federici (2019), em seu livro “ O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista.” ela afirma que não existe autonomia feminina se não existir uma autonomia financeira para essa mulher. Entretanto, essa não é única condição que faz com que uma mulher permaneça em uma relação. Podemos pensar também nos padrões sociais ainda impostos as mulheres, casamento, filhos, ou seja, a ideia que a realização e felicidade é alcança pelo casamento. Também sabemos que os modelos de família vêm mudando ao longo das últimas décadas, tais como: famílias parentais-homoafetivas, famílias de mães solo cresce cada vez mais, família constituídas por amigos. (Reestruture)

(Boa estratégia coesiva) Portanto, dado alguns pontos sobre como é ser mulher nos dias de hoje, as consequências dos abusos podem ser pensadas de maneiras distintas. Vamos ter mulheres presas a uma relação pelo casamento (filhos), pela ausência de autonomia financeira, dependência emocional, dificuldade de entender o que é uma relação abusiva. A grande questão é que não temos como mensurar todas as consequências que um relacionamento abusivo pode implicar. (Truncamento) Visto que não temos como identificar todas as possíveis consequências psicológicas que essa mulher pode vivenciar desde uma depressão, transtorno de ansiedade aos mais diferentes transtornos e síndrome ligados a saúde mental. Por fim, é urgente e necessário que esse tema seja abordado em espaços frequentados por mulheres e homens, a importante da conscientização sobre o que é um relacionamento abusivo deve ser compartilhado pelos dois. A conscientização e reconhecimento do abuso é um caminho para mudança de comportamento e busca de novos hábitos na relação um apoio psicológico para o casal também pode ajudar na construção de um vínculo saudável.