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Na mitologia judaico-cristã, a criação da humanidade deu-se por uma divindade que primeiro criou o homem, depois formou, a partir da costela deste, a mulher. Com o passar dos séculos e o desenvolvimento da sociedade ocidental fundamentada na doutrina cristã, o entendimento do ser feminino como uma extensão masculina relegou papeis sociais específicos atrelados aos gêneros sexuais. No Brasil, os abusos contra mulheres acontecem nos relacionamentos em diversas esferas, causando profundos danos mentais e até mesmo representando um risco a vida.

Dados do IBGE (Desenvolva a sigla) apontam que mais de 50% da população do país é feminina. Nos indicadores nacionais de segurança são elas as principais vítimas de violência doméstica, sexual e crimes passionais, com a incidência das agressões ocorrendo aproximadamente a cada oito minutos. O mesmo levantamento esclarece que na maior parte dos casos o agressor é um parceiro ou parente, sendo o lar o principal cenário. Não são informações surpreendentes quando considera-se que inicialmente é na estrutura familiar que se aprende a cultura e os costumes, e que nesta parte do mundo é comum a violação de direitos perpetrada por aqueles que deveriam dar proteção. (Melhore a apresentação da discussão. Argumentação expositiva)

É no ambiente doméstico que ainda na infância meninas aprendem o conjunto de "obrigações femininas" que formariam parte do ideal de mulher. Priorizar tarefas rotineiras de limpeza e organização em detrimento do desenvolvimento acadêmico e profissional, ter a maternidade como objetivo e fonte de felicidade, adequar a autopercepção e desejos as expectativas sociais, (Sem vírgula) são alguns exemplos de posicionamentos ensinados "em casa" e reforçados por instituições políticas, religiosas, de educação e mídias de entretenimento.

Como resultado de entender a auto negligência e sucessivos abusos como parte da natureza do sexo, são as mulheres que encabeçam os índices de ansiedade e depressão do ministério da saúde. Todas as relações da vida são impactadas pela ideia de que apenas realizando o desejo de terceiros se estará alcançando a realização plena, seja como companheira romântica, como mãe ou profissional, e que para isso é necessário minimizar violências, mesmo que signifique uma ameaça a integridade física.

Uma nação que pretende ser saudável não pode permitir a naturalização dos abusos contra a maior parte de sua população. O conjunto da sociedade, em seus governos e entidades privadas, deve atuar para modificar a concepção da população sobre desigualdade de gênero, através da ampliação de leis de inclusão, campanhas publicitárias e do acompanhamento de famílias vulneráveis a violência orientada pelo sexo. Se deve lutar pela igualdade de direitos, para que se estabeleçam relacionamentos saudáveis e não mais se aceite o abuso contra meninas e mulheres como a vontade divina. (Proposta incompleta)