[Sem título]

Na obra "A Cidade do Sol", do filósofo italiano Tommaso Campanella, é retratada uma sociedade ideal, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e concentra-se na busca do bem comum, sendo governado por ideias iluministas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor propõe, uma vez que os relacionamentos abusivos ainda são uma realidade para muitas mulheres, impondo barreiras que dificultam a concretização desse ideal. Esse cenário antagônico é resultado tanto da omissão governamental quanto das desigualdades sociais (Muito bem. Formulou a tese). Diante disso, torna-se fundamental discutir os fatores que mantêm esse problema, a fim de garantir o pleno funcionamento da sociedade.

Antes de tudo, percebe-se um evidente descaso governamental em relação a essa questão. A Constituição Federal de 1988 estabelece que é dever do Estado garantir a todos os cidadãos o direito à segurança e dignidade. Contudo, essa premissa parece ter sido esquecida, visto que são mínimos os esforços para combater os problemas causados pelos relacionamentos abusivos. Tal situação pode ser evidenciada, por exemplo, pelo o número elevado de mulheres vítimas de violência psicológica e física que não recebe o devido amparo do poder público, seja pela demora em medidas protetivas, seja pela insuficiência de delegacias especializadas no atendimento à mulher. Nesse cenário, fica evidente que a falta de políticas públicas gera o mal-estar da população feminina, uma vez que muitas permanecem em situações de risco sem apoio adequado. Como resultado, o direito à segurança é negligenciado, e a qualidade de vida das cidadãs brasileiras é reduzida, pois a violência perpetua traumas e medo constante. Isso representa um empecilho para a ordem do país. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Além disso, é importante destacar as desigualdades sociais nesse contexto. A filósofa Hannah Arendt menciona: “A essência dos direitos humanos é o direito a ter direitos”. No entanto, isso não ocorre na prática, já que o direito à igualdade está sendo afetado, uma vez que mulheres em situação de vulnerabilidade econômica enfrentam maiores dificuldades para romper o ciclo de relacionamentos abusivos, seja pela dependência financeira, ou pela falta de acesso a serviços de acolhimento e apoio psicológico. Diante do exposto, perpetuam-se situações em que muitas permanecem presas a vínculos nocivos, o que intensifica traumas emocionais e limita perspectivas de autonomia esses desafios ferem o direito à dignidade humana e à liberdade (Melhore a construção de sentido), negligenciados quando a desigualdade impede que todas tenham as mesmas condições de proteção e desenvolvimento.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, cabe ao Estado investir uma maior parcela do Produto Interno Bruto em políticas de combate à violência contra a mulher. Essa ação deve ocorrer por meio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, órgão responsável por elaborar planos e políticas públicas voltadas à ampliação de delegacias especializadas, ao fortalecimento de casas de acolhimento e ao fornecimento de apoio psicológico e jurídico gratuito. Com isso, será possível garantir maior proteção às mulheres em situação de abuso, reduzindo a vulnerabilidade e incentivando a autonomia feminina. Tal ação tem por finalidade remediar não somente a omissão governamental, mas também as desigualdades sociais. (Apresentou todos os elementos da proposta. Muito bem)