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A importância da leitura na construção da cidadania no Brasil
Enviada em: 01/07/2025
Em outubro de 1988, a sociedade brasileira testemunhou a promulgação da Constituição Cidadã, cuja estrutura normativa assegura, de forma inequívoca, o direito à educação de qualidade e à participação cidadã. No entanto, a persistência do analfabetismo funcional e da negligência à formação leitora inviabiliza o pleno exercício desses direitos por parte de grande parcela da população. Assim, torna-se imperativo combater não apenas a exclusão social enfrentada pelos brasileiros privados do acesso à leitura crítica, mas também a omissão do Estado, que, ao negligenciar sua responsabilidade constitucional, perpetua desigualdades estruturais sob a aparência de legalidade. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)
Em primeiro plano, a escassez de políticas efetivas de incentivo à leitura compromete profundamente a dignidade humana dos cidadãos em situação de vulnerabilidade ao restringir garantias fundamentais previstas em normativas internacionais. Nesse sentido, a Declaração Universal dos Direitos Humanos — proclamada em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU) — assegura que todos os indivíduos têm direito à educação que promova o desenvolvimento pleno da personalidade e da participação ativa na sociedade. Entretanto, no Brasil, essa prerrogativa permanece distante da realidade, já que a baixa oferta de bibliotecas públicas e a desvalorização da leitura nas escolas denunciam o abismo entre o discurso jurídico e sua aplicação concreta (Apresente dados). Dessa forma, enquanto as camadas populares continuarem negligenciadas, os direitos proclamados em 1948 continuarão restritos ao mundo inteligível de Platão — concebidos pela razão, porém alheios às dinâmicas reais que estruturam o convívio social do país.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, a inércia estatal acentua os impactos da ausência de uma cultura leitora. A esse respeito, o filósofo inglês John Locke desenvolveu o conceito de “Contrato Social”, pelo qual os indivíduos deveriam confiar no Estado, que, por sua vez, garantiria direitos inalienáveis à população. Contudo, a falta de investimento em práticas de letramento evidencia a incapacidade das instituições brasileiras de cumprir tal princípio, visto que escolas públicas sem acervo atualizado e professores despreparados para formar leitores críticos demonstram a falência dessa base contratual. Logo, enquanto a omissão governamental persistir, o Brasil continuará impondo às futuras gerações um dos maiores entraves à sua cidadania: a limitação da autonomia intelectual, rompendo, assim, o próprio pacto social que deveria garantir dignidade e justiça. (Delimite e explore essa discussão com mais clareza e produtividade)
(Boa estratégia coesiva) Depreende-se, portanto, a necessidade de adotar medidas concretas para mitigar os impactos da deficiência leitora no Brasil. Para isso, o governo federal, em parceria com o Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais, deve estabelecer diretrizes nacionais voltadas ao fortalecimento da leitura crítica, por meio da ampliação de bibliotecas comunitárias, distribuição de livros acessíveis e formação continuada de professores, sobretudo em regiões de baixo IDH (Desenvolva a sigla), com vistas a democratizar o acesso à informação e à cidadania. Além disso, campanhas educativas — veiculadas nas redes sociais, no Spotify e em canais populares como o YouTube — devem ser lançadas para valorizar o hábito da leitura, incentivar o protagonismo estudantil e promover o pensamento crítico, especialmente entre crianças e adolescentes. Somente assim, será possível reduzir os impactos da exclusão leitora e garantir o pleno exercício dos direitos previstos na Constituição de 1988. (Apresentou todos os elementos da proposta)
Dados correção tradicional
Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver o texto. Mantenha os aspectos positivos. Bom estudo!
| Competência | Nota | Motivo | 
| Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. | 
| Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. | 
| Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. | 
| Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. | 
| Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. | 
| NOTA FINAL: 880 | ||
| Nível 0 | Nota 0 | 
| Nível 1 | Nota 40 | 
| Nível 2 | Nota 80 | 
| Nível 3 | Nota 120 | 
| Nível 4 | Nota 160 | 
| Nível 5 | Nota 200 | 
