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Sob a perspectiva de Jean-Paul Sartre, em sua teoria sobre a "Acomodação Social", existem assuntos silenciados socialmente. Análogo a isso, na atualidade, tal narrativa é corroborada na medida em que os desafios para diminuir os índices de obesidade no Brasil não recebem atenção da sociedade. Assim, é válida uma análise na qual se deve levar em conta o descaso estatal e o abismo educacional como entraves determinantes para a permanência da problemática. (Muito bem. Formulou a tese)

É válido discutir, em primeira análise, como a indiligência governamental prejudica a redução das métricas de obesidade no Brasil. Em sua obra, "O Cidadão de Papel", Gilberto Dimenstein defende que a sociedade seria perfeita caso direitos e deveres, como aqueles propostos na Constituição (Cite exemplos relacionados ao tema), fossem assegurados na prática. Todavia, nota-se que a realidade se distancia daquilo idealizado pelo jornalista, haja vista a nítida negligência do governo para com o aumento da obesidade entre os brasileiros, uma vez que este não investe na compra de equipamentos de exercícios físicos, por exemplo esteiras e pesos para serem colocados em praças públicas, o que estimularia os visitantes a superarem o sedentarismo. Tal apatia governamental é comprovada pela Pesquisa Nacional de Saúde de 2020, a qual registra que um em cada 4 indivíduos maiores de 18 anos tem obesidade, correspondendo a aproximadamente 41 milhões de pessoas. Como consequência dessa postura retrógrada da máquina pública, há o agravamento dos distúrbios acarretados pelo excesso de peso, como dificuldade de locomoção, diabetes e problemas cardíacos. Isso culmina na superlotação dos serviços do SUS, por exemplo, a alta demanda por medicações para diabéticos e cirurgias bariátricas, fazendo com que a espera prolongada por atendimento, a qual resulta muitas vezes em morte, cresça ainda mais e reforçe a visão pejorativa espalhada em redes sociais—Twitter–de que o Sistema Único de Saúde é vergonhoso e insuficiente. À vista disso, é imperativo que as esferas de poder saiam da inércia em que se encontram e executem artifícios para minimizar o óbice. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Ademais, a postura inerte do âmbito educacional é outro desafio na diminuição dos índices de sobrepeso em território nacional. Conforme Paulo Freire, as escolas devem promover uma educação libertadora e capaz de formar cidadãos detentores de uma visão de mundo ampliada. Grande parte dos colégios, entretanto, está na contramão daquilo elucidado pelo educador. Isso porque há uma evidente priorização por um ensino conteudista e memorizador, o qual privilegia conteúdos curriculares em detrimento de uma formação crítica no que tange aos males suscitados pelo excesso de peso (Reformule essa discussão). Nesse sentido, não só a escassez de aulas práticas de educação física que incentivem os estudantes a movimentarem o corpo, como também o baixo comprometimento dos educadores em planejar encontros dinâmicos, envolvendo exercícios físicos variados que trabalhem todos os grupos musculares, são empecilhos para a atenuação do sobrepeso, ao passo que mesmo em escolas que possuem quadras para esses momentos, alguns professores reúnem os estudantes no espaço, mas não os acopanham e vão usar o celular, o que resulta apenas no desperdício de tempo pedagógico. Por conseguinte da precariedade intrínseca ao sistema de educação no Brasil, muitos indivíduos se tornam obesos desde a infância e continuam nessa situação por anos ou até o fim de suas vidas.

Logo, não só a qualidade de vida, como também a longevidade e a aprendizagem de pessoas gordas são prejudicadas, dado que, de acordo com a médica Maria Edna, colaboradora da clínica da USP (Desenvolva a sigla), pessoas obesas são estigmatizadas até por profissionais de saúde, o que eleva a chance de sofrerem bullying em ambiente escolar. Dessa forma, por medo do julgamento, alunos com esse perfil tendem a faltar constantemente ou até a abandonar a escola, acentuando a evasão escolar. Posto isso, é visível a necessidade de remodelar o modelo acadêmico deficiente que impera.

Portanto, os desafios para diminuir os índices de obesidade no Brasil precisam ser combatidos. Para isso, cabe ao Governo, enquanto responsável pela harmonia social, por meio de uma maior disponibilização de verbas, investir tanto na contratação de nutricionistas, que atuarão nos postos públicos de saúde, como de docentes capacitados e na construção de mais espaços, para além de colégios, em comunidades periféricas, visando ampliar a acessibilidade dos alunos e de cidadãos que não conseguem frequentar academias às atividades físicas. Essa ação será executada a fim de remediar o estado inoperante do poder público e do setor educacional. Como efeito, espera-se contrapor aquilo denunciado por Sartre. (Apresentou todos os elementos da proposta)