Vidas obesas importam.

O longa estadunidense "A Baleia" retrata a vida de Charlie que é gravemente afetada pela obesidade, que traz consequências tanto no campo profissional quanto pessoal, comprometendo sua qualidade de vida. Essa triste realidade não se limita apenas ao âmbito fictício, mas também se reflete na sociedade brasileira, visto que uma grande parcela da população enfrenta desafios na diminuição do índice de obesidade. Isso é explicado pela desigualdade social e à negligência estatal. (Muito bem. Formulou a tese)

Neste viés, é válido apontar a imensa disparidade social como um dos principais desafios para diminuir os altos índices de obesidade que, segundo o portal de notícias G1, afetam cerca de 55% da população brasileira, majoritariamente os mais desfavorecidos economicamente. Para fundamentar essa ideia, o filósofo Ailton Krenak afirma que, no Brasil, existem dois grupos — a humanidade, formada pela elite econômica, e a subumanidade, a qual tem seus direitos negados, como é o caso das pessoas que vivem na insegurança alimentar, por não terem acesso à uma alimentação saudável e balanceada; isso leva-as ao consumo exacerbado de alimentos ultraprocessados, que são mais baratos e não saudáveis, gerando assim um grave problema de saúde pública, a obesidade. Dessa forma medidas devem ser tomadas para sanar esse entrave.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, a negligência estatal corrobora com a dificuldade em combater a obesidade. Isso pode ser observado na falta de politicas públicas específicas para resolver essa problemática, dificultando o acesso à prevenção e ao combate dessa comorbidade. Quanto a isso, a Constituição Federal Brasileira, no seu artigo 196, assegura que a saúde é direito de todos e dever do Estado, e que seu acesso deve ser universal e igualitário, através de ações e serviços que promovam, protejam e recuperem o bem-estar dos cidadãos. Portanto, o Estado fere a Carta Magna, quando negligencia à saúde pública, tornando inacessível o direito ao tratamento de pessoas obesas pelo sistema Único de Saúde. Sendo assim, o Poder Público possui grande parcela de culpa nos altos índice de obesidade. 

(Boa estratégia coesiva) Diante desse cenário, torna-se imperiosa a necessidade de combater a obesidade no Brasil, isso pode ser alcançado através de políticas públicas criadas pelo Governo Federal por meio do Ministério da Saúde , que consistem em disponibilizar profissionais, como nutricionistas e médicos nutrólogos (Vírgula) nas Unidades Básicas de Saúde, bem como o acesso gratuito a medicamentos e mais facilidade à tratamentos mais complexos como a cirurgia bariátrica. Outra medida válida seria a implementação da disciplina Educação Alimentar na escolas públicas assegurada pelo Ministério da Educação, a fim de ensinar e propagar os benefícios de uma alimentação saudável desde à infância. Somente assim, o sofrimento de Charlie deixaria de se tornar uma realidade vivenciada na vida de inúmeros brasileiros. (Apresentou todos os elementos da proposta de intervenção)