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No episódio 26 (Vírgula) do seriado brasileiro “Mundo da Lua”, é possível observar, ainda que de forma ficcional, os efeitos devastadores de uma alimentação desbalanceada: no enredo, as frutas e verduras estão contaminadas e não podem ser consumidas, restando aos personagens apenas alimentos ultraprocessados e açucarados. Essa dieta os leva rapidamente ao sobrepeso e a sérios problemas de saúde. Embora seja uma narrativa simbólica, ela representa de maneira contundente um dos grandes desafios contemporâneos do Brasil: o combate à obesidade causada, em grande parte, pelo consumo excessivo de produtos industrializados. (Muito bem. Apresentou a tese)

Entre os principais obstáculos para reduzir os índices de obesidade no país, destaca-se a desinformação nutricional (Insira na sua tese). Muitos brasileiros, especialmente em contextos de vulnerabilidade social, não têm acesso a informações adequadas sobre os riscos do consumo frequente de ultraprocessados — como refrigerantes, embutidos e congelados. Segundo estudo da Fiocruz (2022), o aumento do consumo desses produtos está diretamente relacionado à elevação dos casos de obesidade, hipertensão e diabetes tipo 2, atingindo até mesmo crianças e adolescentes. Diante disso, é urgente a implementação de políticas públicas que promovam o letramento nutricional desde os primeiros anos escolares.

(Boa estratégia coesiva) Outro desafio relevante está ligado ao fator socioeconômico (Discussão não presente na tese). Em diversas regiões do país, sobretudo nas periferias urbanas e zonas rurais, alimentos in natura são escassos ou apresentam preços inacessíveis, ao contrário dos ultraprocessados, que são mais baratos e amplamente disponíveis. Essa realidade cria os chamados “desertos alimentares”, onde a oferta de alimentos saudáveis é limitada, o que acaba por violar o direito constitucional à alimentação adequada. Assim, o combate à obesidade exige também a superação dessas desigualdades estruturais.

Dessa forma, enfrentar a obesidade no Brasil demanda uma ação integrada entre governo, sociedade civil e setor privado. O Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Saúde, deve implementar programas contínuos de educação alimentar em escolas, com materiais pedagógicos acessíveis e oficinas práticas com nutricionistas. Além disso, o Governo Federal deve fortalecer a agricultura familiar e fomentar a criação de feiras livres em regiões periféricas, por meio de subsídios e incentivos logísticos, tornando os alimentos saudáveis mais acessíveis. Campanhas publicitárias educativas, veiculadas nas mídias tradicionais e digitais, também devem alertar para os perigos dos ultraprocessados e incentivar escolhas alimentares mais conscientes.

(Boa estratégia coesiva) Assim, será possível avançar no enfrentamento da obesidade no Brasil, promovendo uma sociedade mais saudável, informada e bem alimentada — e evitando, na vida real, o cenário distópico retratado em “Mundo da Lua”.