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Impactos das mudanças climáticas no Brasil
Enviada em: 01/05/2025
Em outubro de 1988, a sociedade brasileira testemunhou a promulgação de um dos documentos mais emblemáticos do país: a Constituição Cidadã, cujo arcabouço jurídico assegura o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. No entanto, os impactos das mudanças climáticas, como as enchentes e secas, impedem que comunidades vulneráveis usufruam plenamente desse direito constitucional. Diante disso, torna-se imperativo combater não apenas a marginalização social das populações afetadas por desastres ambientais, mas também a omissão do Estado, que, ao negligenciar sua responsabilidade ambiental, perpetua essa realidade. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)
Sob essa ótica, o agravamento dos eventos climáticos compromete diretamente a dignidade humana das vítimas de enchentes, secas e deslizamentos ao restringir garantias fundamentais previstas em normativas internacionais. Nesse sentido, a Declaração Universal dos Direitos Humanos — promulgada em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU) — assegura que todos os indivíduos fazem jus a direitos básicos, como saúde, moradia e segurança. Entretanto, no Brasil, essa prerrogativa permanece distante, já que o aumento da frequência dos eventos climáticos extremos, como as enchentes de 2020 no Sudeste e as secas prolongadas no Semiárido nordestino, compromete diretamente a dignidade humana das populações afetadas, resultando na perda de vidas e na expansão da pobreza. Assim, enquanto as populações periféricas continuarem socialmente negligenciadas, os direitos proclamados em 1948 continuarão a figurar como mera utopia.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, a inércia estatal intensifica os impactos das mudanças climáticas, perpetuando os danos e a vulnerabilidade das populações afetadas. A esse respeito, o filósofo inglês John Locke desenvolveu o conceito de “Contrato Social”, pelo qual os indivíduos deveriam confiar no Estado, que, por sua vez, garantiria direitos inalienáveis à população. Contudo, a ausência de políticas públicas efetivas de adaptação climática evidencia a incapacidade do Estado brasileiro de cumprir tal princípio, visto que a falta de investimentos em infraestrutura urbana resiliente e a inexistência de planos preventivos em áreas de risco demonstram essa falha institucional. Desse modo, enquanto a omissão governamental persistir, o Brasil continuará a conviver com um dos maiores entraves à dignidade das populações afetadas: a insegurança ambiental.
(Boa estratégia coesiva) Depreende-se, portanto, a necessidade de adotar medidas concretas para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Para isso, o governo federal, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e as secretarias estaduais e municipais, deve estabelecer um plano nacional de adaptação climática, com ações voltadas à construção de sistemas de drenagem eficientes e da realocação segura de famílias em áreas de risco, a fim de garantir a segurança e o bem-estar social. Além disso, campanhas educativas direcionadas à população, difundidas por múltiplos meios de comunicação — como TV, rádio e mídias digitais —, devem ser implementadas para sensibilizar a sociedade acerca da gravidade das mudanças climáticas e estimular práticas sustentáveis no cotidiano. Somente assim, será possível reduzir os impactos dessa problemática e garantir o pleno exercício dos direitos previstos na Constituição de 1988. (Proposta completa)
Dados correção tradicional
Ótimas discussões. Só se atente ao número de linhas, combinado? Bom estudo!
| Competência | Nota | Motivo | 
| Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. | 
| Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. | 
| Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. | 
| Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. | 
| Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. | 
| NOTA FINAL: 960 | ||
| Nível 0 | Nota 0 | 
| Nível 1 | Nota 40 | 
| Nível 2 | Nota 80 | 
| Nível 3 | Nota 120 | 
| Nível 4 | Nota 160 | 
| Nível 5 | Nota 200 | 
