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Para Sartre, cabe ao ser humano escolher suas ações, pois é livre e responsável. Porém, a ação humana tem sido antagônica ao enunciado pelo filósofo quanto ao consumo de alimentos ultraprocessados, haja vista as graves implicações geradas sobre sua saúde. Com isso, em virtude da inoperância estatal e da manipulação midiática, um sério problema emerge. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)

Diante desse cenário, em primeiro plano, há de se apontar a inação governamental como alicerce do tema. Conforme Thomas Hobbes, é de resposabilidade do Estado proteger o bem-estar de seus cidadãos. Entretanto, o Ministério da Saúde falha com tal princípio ao não educar o brasileiro acerca dos males dos alimentos ultraprocessados, uma vez que, tendo em vista a toxicidade e a propensão ao vício destes produtos, inexistem campanhas informativas e a publicidade a seu respeito não é responsabilizada a alertar dos potenciais males do consumo. Dessa forma, alienado aos prejuízos dos alimentos artificiais à sua saúde, o cidadão usufrui imoderadamente deles, subordinando-se, inconscientemente, ao risco de desenvolver enfermidades crônicas como a diabetes e a hipertensão.

(Boa estratégia coesiva) Outrossim, urge enunciar a má-influência midiática como fator perpetuador dos efeitos do consumo de alimentos ultraprocessados. Nesse sentido, George Orwell discute o controle das massas pela mídia. De fato, a frequente oclusão dos malefícios do consumo dos produtos industrializados nas grandes redes - jornalísticas e sociais - e o bombardeio publicitário instigando sua compra configura um grave cenário de alienação na população. Diante disso, em razão de uma forjada palatabilidade, praticidade e outros benefícios, o alimento industrial penetra o cotidiano do cidadão e, sustentado pelos baixos preços e imagens positivas da propaganda, promove a inconsciente substituição de opções nutritivas pelo brasileiro. Desse modo, o indivíduo gradualmente adoece pelo elevado consumo de ultraprocessados, sem, muitas vezes, identificá-los como causa. (Delimite e explore mais a discussão)

(Boa estratégia coesiva) Portanto, medidas interventivas tornam-se uma pauta urgente. Sob esse víes, o Ministério da Saúde deve, por meio e com o devido respaldo de órgãos legislativos, declarar como obrigatório, nas publicidades, a apresentação dos malefícios associados ao consumo de alimentos industriais e riscos de vício. Tal ação, concomitante à disseminação de campanhas infortmativas em rede televisiva nacional, objetivará manter o cidadão brasileiro consciente dos efeitos destes produtos sobre a sua saúde e incentivar a melhoria de hábitos alimentares, habilitando-os a escolher suas ações com liberdade e responsabilidade, assim como postulava Sartre. (Não solucionou todos os problemas apresentados. No entanto, apresentou todos os elementos da proposta)