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Arquitetura hostil: um debate importante sobre essa forma de exclusão social
Enviada em: 22/10/2024
Em sua obra "Ensaio sobre a cegueira", o escritor português José Saramago descreve uma cidade fictícia na qual, paulatinamente, as pessoas vão ficando cegas. Na trama, o autor usa dessa alegoria para criticar a falta de altruísmo e cooperação no mundo contemporâneo, onde os indivíduos se preocupam cada vez menos com o bem-estar coletivo. Ao transpor a ficção e analisar a atual conjuntura brasileira, percebe-se que a obra exemplifica a realidade vivenciada no país, uma vez que a arquitetura hostil representa um problema que não recebe a devida atenção no território nacional. Nesse contexto, deve-se analisar como a negligência estatal e a perpetuação de preconceitos impulsionam tal problemática, com o intuito de solucioná-la. (Muito bem. Contextualizou o tema)
Diante desse cenário, nota-se a negligência estatal como fator agravante da arquitetura hostil no Brasil. Conforme o geógrafo Milton Santos, em "As Cidadanias Mutiladas", a cidadania só é plena quando todos têm acesso igual aos seus direitos. Porém, a passividade estatal afasta grupos vulneráveis, como moradores de rua e deficientes, dos espaços públicos, já que a arquitetura hostil os exclui. Enquanto o governo negligenciar suas responsabilidades, o problema perdurará e os direitos dos cidadãos continuarão a ser mutilados de forma sistemática.
(Boa estratégia coesiva) Ressalta-se, ademais, que preconceito disfarçado intensifica o problema. Para o sociólogo Pierre Bourdieu, a violência simbólica ocorre quando a sociedade impõe discriminação de forma sutil, como bancos com divisórias que impedem os moradores de rua de se deitarem. Isso perpetua a marginalização de grupos vulneráveis e enfraquece a cidadania plena. (Explore mais a discussão)
(Boa estratégia coesiva) Portanto, denota-se a urgência de propostas governamentais que alterem esse quadro. O Estado, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, deve criar diretrizes urbanas inclusivas e fiscalizar as políticas de acessibilidade e direitos humanos. Essas ações têm como objetivo garantir o acesso igualitário aos espaços públicos e promover a dignidade das pessoas vulneráveis. Assim, seguindo a perspectiva de Saramago, podemos reduzir a cegueira moral que envolve essa questão. (Proposta completa)
Dados correção tradicional
Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
| Competência | Nota | Motivo | 
| Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. | 
| Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. | 
| Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 120 | Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. | 
| Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. | 
| Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. | 
| NOTA FINAL: 920 | ||
| Nível 0 | Nota 0 | 
| Nível 1 | Nota 40 | 
| Nível 2 | Nota 80 | 
| Nível 3 | Nota 120 | 
| Nível 4 | Nota 160 | 
| Nível 5 | Nota 200 | 
