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Segundo a Lei da Inércia, de Newton, um corpo permanece em movimento se não for exercida força sobre ele. Fora da física, a lei se aplica à arquitetura hostil como forma de exclusão social. Dessa forma, o problema se dá não só pelo preconceito enraizado, como também pela ineficiência governamental. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)

Diante desse cenário, a existência de uma arquitetura hostil para minorias, (Sem vírgula) demonstra um preconceito enraizado na sociedade. Aporofobia, conceito criado pela filósofa espanhola Adela Cortina, nada mais é do que uma aversão a pobres. Em vista disso, percebe-se que o desconforto em estar no mesmo ambiente que pessoas menos favorecidas (os moradores de rua, nesse caso), (Sem vírgula) torna viável um tipo de arquitetura que impeça a presença dos mesmos em ambientes públicos, mediante a instalação de divisores em bancos de praça, espinhos metálicos nos batentes das paredes, rentes ao chão, dentre outros. Esses são meios de impedir o acesso dessa população e perpetuar a exclusão social no Brasil.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, a insuficiência governamental permite que essas construções continuem afastando os cidadãos, principalmente os mais pobres, sem resolver o verdadeiro problema: a desigualdade social. No seriado "Chaves", é possível observar a diferença social entre os moradores da vila, como, por exemplo, Chaves e Quico, pois enquanto o primeiro não consegue se alimentar diariamente, o segundo ostenta seus brinquedos frequentemente. Paralelamente, a realidade hodierna é muito semelhante. A arquitetura é mais uma forma de segregação que tenta mascarar a desigualdade. A ação do governo para retirar a população "indesejada" de locais públicos não deveria ser o anexo de obstáculos para a sua permanência nos mesmos, mas sim, (Sem vírgula) a criação de ambientes que eles possam viver e frequentar de forma digna. Logo, a expulsão velada, mas hostil, não seria mais necessária.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, é indispensável a elaboração de medidas para resolver o preconceito e a inércia estatal. O governo federal, em cumprimento do seu dever de proporcionar uma boa qualidade de vida aos brasileiros, deve fazer a retirada dos mecanismos inibidores de populações menos favorecidas e investir na construção de moradias para as mesmas, por meio da realocação de verbas dessas arquiteturas para as construções que buscam trazer mais igualdade, a fim de diminuir essa forma de preconceito e melhorar o bem-estar dos cidadãos. Assim, a lei da física não poderá mais ser aplicada. (Proposta completa)