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Manoel de Barros, grande poeta pós-modernista, desenvolveu em suas obras uma "teologia do traste", cuja principal característica reside em dar valor às situações frequentemente esquecidas ou ignoradas. Seguindo a lógica barrosiana, faz-se preciso, portanto, valorizar também a importância do debate sobre o impacto das mudanças climáticas nos direitos básicos dos brasileiros. Nesse viés, torna-se crucial analisar as causas desse revés, dentre as quais se destacam a omissão do Estado e a apatia social.

De início, é imperioso ressaltar que a indiligência do governo potencializa o impacto das mudanças climáticas nos direitos básicos da população brasileira. Nesse contexto, o filósofo inglês John Locke, participante do movimento contratualista, defende que o governo deve cumprir o "Contrato Social", ou seja, deve garantir a proteção e a dignidade de toda a sociedade. Contudo, ao estudar a atual conjuntura nacional, evidencia-se uma divergência entre o modelo de governo proposto pelo teórico e a atuação do poder público no país, uma vez que essa esfera de poder não elabora e não debate medidas eficientes de apoio às prerrogativas básicas dos brasileiros, uma vez que não há políticas de prevenção e respostas eficazes para proteger os direitos humanos em situações de crises ambientais. Assim, é imperioso que as autoridades se mobilizem para mitigar essa mazela social. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Outrossim, é necessário pontuar a apatia da sociedade como outro fator que dificulta a resolução do problema em análise. De acordo com a filósofa alemã Hannah Arendt, em sua teoria sobre a banalidade do mal, quando os indivíduos são constantemente expostos a determinadas situações extremas, eles tendem a tratá-las como comuns, perdendo o senso de urgência. Sob esse prisma, é possível conectar o pensamento da estudiosa com o cenário da importância de se debater como as mudanças climáticas afetam os direitos dos cidadãos brasileiros, tendo em vista que, por ser uma problemática recente no corpo social, é tratada com normalidade, não havendo uma mobilização popular em prol da mudança dessa realidade. Dessa forma, visualiza-se como a indiferença coletiva perante a situação mencionada representa um desafio para o debate das mudanças climáticas na vida cotidiana das pessoas. (Delimite as discussões)

​​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Frente a tal problemática, faz-se urgente, pois, que o Ministério Público, cujo dever, de acordo com o artigo 127 da Constituição Cidadã, é garantir a ordem jurídica e a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis, cobre do Estado ações concretas a fim de se debater sobre o impacto das mudanças climáticas nos direitos básicos dos brasileiros. Entre essas ações, deve-se incluir parcerias com as plataformas midiáticas, nas quais propagandas de apelo emocional, mediante depoimentos de pessoas que sofreram com catástrofes ambientais, deverão conscientizar a população acerca da importância de se debater e respeitar a natureza. Ademais, é preciso haver mudanças sociais, baseadas no fomento à busca de direitos em casos de crises ambientais, por meio de debates abertos na televisão.​​​​​​​ (Proposta completa)