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Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil
Enviada em: 15/12/2023
Segundo a renomada escritora contemporânea Djamila Ribeiro, para atuar em uma situação deve-se, antes de tudo, tirá-la da inviabilidade. Paralelamente, no país tupiniquim hodierno, percebe-se que essa máxima vai de encontro com o impasse associado a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher ser uma temática distante de soluções contundentes no corpo social. Com efeito, urgem salientar dois desafios pertinentes a tal problemática: a negligência governamental e a desigualdade social preconizada socialmente. Logo, medidas entre a sociedade e o governo federal são urgentes para elucidar essa invisibilidade feminina supracitada, inicialmente, por Djamila Ribeiro. (Formulou a tese)
Diante desse cenário, é válido ressaltar como a omissão governamental agrava esse lamentável panorama. Sob essa óptica, John Rawls, em sua obra "Uma teoria da justiça", estabelece que é dever de um governo íntegro disponibilizar recursos financeiros a todos os setores públicos. Entretanto, observa-se que a lógica de Rawls não é devidamente cumprida na esfera político-democrática nacional, embora seja essencial o investimento no setor trabalhista destinado às figuras femininas, é perceptível observar a carência de políticas públicas nos trabalhos de cuidados, haja vista a inexistência de leis, programas ou projetos que possam auxiliar a mulher nas suas atividades laborais de cuidado. A título de exemplificação, a média de horas dedicadas por figuras femininas nos seus respectivos quotidianos é quase o dobro das horas praticadas por agentes masculinos em uma semana. Assim, faz-se preponderante que essa cruel realidade seja, na conjuntura nacional, superada em sua plenitude.
(Boa estratégia coesiva) Outrossim, é fulcral pontuar a disparidade socioeconômica no âmbito social brasileiro. À luz disso, a Constituição federal de 1988, norma de maior hierarquia do sistema jurídico do país, postula, nos seus artigos 5° e 6°, a garantia de direitos inalienáveis na construção de uma sociedade livre de democrática, como a equidade. Todavia, nota-se que, ao longo dos 201 anos da independência da pátria, a população não se libertou das mazelas sociais da desigualdade, posto que a equidade trabalhista ainda é uma utopia na vida de milhões de brasileiras em relação aos cuidados praticados por mulheres. Tal viés segregatório é apresentado por pesquisas da FGV - Fundação Getúlio Vargas- apontam que mulheres de classes abastadas dificilmente trabalham em atarefas de cuidado, em contraste com figuras femininas negras, pobres e, sobretudo, moradores de zonas carentes, elementos propensos a atividades invisibilizadas. Dessa forma, enquanto os direitos constitucionais não forem garantidos a todas as brasileiras, a desigualdade socioeconômica será regra do jogo no Brasil.
(Boa estratégia coesiva) Portanto, necessita-se combater não somente a displicência da máquina pública, mas também as questões que cercam a abordagem social. Em consonância com estados e municípios, o Parlamento brasileiro -poder democrático estabelecido de leis constitucionais- deverá promover a criação do Programa Nacional de Apoio a Mulher no Trabalho, por meio do estabelecimento e aprovação de emenda a constituição votada pelos congressistas, visando minimizar as diferenças trabalhistas, a exemplo das exaustivas jornadas de trabalho praticadas por mulheres. Tal iniciativa terá como finalidade o combate às desigualdades pertinentes ao século XXI associadas ao labor feminino de cuidados. Destarte, o país tupiniquim poderá proporcionar, nos 5.570 municípios brasileiros, a valorização da mulher nos seus afazeres de cuidado e tirá-las da invisibilidade citada pela escritora Djamila. (Proposta completa)
Dados correção tradicional
Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver as discussões. Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
| Competência | Nota | Motivo | 
| Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. | 
| Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. | 
| Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. | 
| Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 160 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. | 
| Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. | 
| NOTA FINAL: 880 | ||
| Nível 0 | Nota 0 | 
| Nível 1 | Nota 40 | 
| Nível 2 | Nota 80 | 
| Nível 3 | Nota 120 | 
| Nível 4 | Nota 160 | 
| Nível 5 | Nota 200 | 
