Garimpo ilegal: progresso ou exploração? - Corrige Aqui

O filósofo grego Sêneca, certa vez, disse o seguinte: "para a ganância, toda a natureza é insuficiente." Trazendo a frase à atualidade, sem desconsiderar o seu contexto, percebe-se que o garimpo ilegal materializa, no Brasil, o pressuposto do filósofo; (Vírgula) uma vez que, ao visar somente o enriquecimento de poucos, devasta os recursos naturais do país. A isso, somam-se os enormes efeitos negativos sobre a economia. Diante disso, não é possível negar — o garimpo ilegal é extremamente preocupante, visto que seus impactos se estendem desde a degradação do meio ambiente até o escoamento do patrimônio do Estado. (Formule a tese)

Em primeira instância, é necessário apontar a evidente destruição dos ambientes naturais como consequência direta das atividades desse segmento. Segundo o Greenpeace, a liberação de grandes quantidades de mercúrio, um metal tóxico, é intrinsecamente associado ao garimpo ilegal. Nesse sentido tal fato propicia a contaminação de vastas áreas, impossibilitando, a título de exemplo, o uso dos recursos afetados pelas populações locais (Melhore a apresentação dessa ideia). Dessa forma, ao priorizar a extração mineral em detrimento da manutenção de um meio ambiente saudável, o garimpo se configura como mera exploração.

(Reveja a estratégia coesiva) Em face do exposto, é fundamental desvelar os impactos concernentes a tal ilicitude no âmbito econômico. A priori, nota-se que esses impactos decorrem dos fatores ambientais acima descritos, pois, com vistas à resolução desse quadro, o Estado despende muitos recursos próprios. Nesse contexto, sob a ótica do economista Pedro Gasparinetti, tais despesas podem atingir um montante total de 3 bilhões de reais (estimados). Com isso, tais recursos deixam de estar disponíveis para cumprir a sua função essencial: suprir as demandas da população. Por conseguinte, esta — grande parte financiadora da arrecadação da máquina pública — será a principal prejudicada; justamente por causa da realocação dos bens do orçamento estatal para fins diversos daqueles previstos inicialmente.

(Boa estratégia coesiva) Em suma, o garimpo ilegal, ao comprometer a natureza brasileira, põe, também, a população em posição de vulnerabilidade. Isso se deve ao fato de que tal comprometimento gera um grande peso ao Estado. Desse modo, é mister que o Ministério do Meio Ambiente, regulador das relações ambientais, una o incentivo a práticas mais sustentáveis com a amplificação da coibição desse ilícito, por meio de políticas públicas direcionadas às áreas afetadas para dar fim a essa situação. Somente assim, será possível que, com efeito, as intervenções antrópicas no meio ambiente não mais sejam desvirtuadas para interesse próprio — como afirmado por Sêneca — e voltem-se para o seu pilar: a conservação. (Proposta completa)