Um basta no trote

O trote nas universidades divide a sociedade brasileira, já que há aqueles que defendem sua manutenção e outros o condenam. Nesse caso, buscar unanimidade não é uma tarefa fácil, uma vez que os argumentos, de parte a parte, são muito convincentes.

Os defensores alegam que é uma tradição de nossas universidades que precisa ser mantida. Basta que haja regras a serem seguidas pelos participantes e fiscalização por parte da direção das faculdades.

No entanto, os eventos que chocaram a opinião pública, no passado, são a bandeira daqueles que condenam a aplicação do trote. Relatos dão conta de humilhações e agressões praticadas pelos veteranos. As páginas policiais dos jornais registraram até morte.

Assim, nota-se que, apesar do trote ser um evento tradicional nos campus universitários, as atitudes de total desrespeito ao ser humano, praticadas contra os calouros, justificam a proibição do trote.

Portanto, o poder público precisa intervir e exigir, do corpo diretivo das universidades, medidas proibitivas para coibir a realização do trote. Isso certamente evitará transtornos àquele que ingressa na faculdade, cujo ambiente tem a finalidade precípua de formar os pensadores e profissionais do país.