A vida feliz nas redes sociais: expectativa x realidade

Quando a vida postada nas redes sociais não condiz com a realidade

Em 28/01/2015 12h19 , atualizado em 28/01/2015 12h34

Por Érica Caetano
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Atualmente, é muito difícil encontrarmos alguém que não possua algum perfil em alguma rede social, seja ela o Facebook, Twitter, Instagram ou outra qualquer. Com a tecnologia avançada e os valores mais acessíveis de planos telefônicos e aparelhos celulares smartphones, que possuem acesso a internet móvel, também cresceu o número de pessoas utilizando estes para capturar, filmar, registrar e publicar todos os momentos do seu dia-a-dia na rede. 

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Com isso, hoje é possível encontrarmos nossas mães (e porque não até nossas avós?) compartilhando correntes, frases e imagens em seus perfis no Facebook. Neste crescimento, veio também a popularização das selfies – termo usado para fotos tiradas pela própria pessoa, uma espécie de autoretrato.  

Mas além das contínuas e diárias selfies nas redes, outro item muito comum e curioso que temos observado nesse crescimento, no que diz respeito a utilização das redes sociais, são os “diários virtuais” dos usuários em seus perfis. Uma série de desabafos e, principalmente, postagens de fotos uma atrás da outra, onde é possível notarmos a “ostentação” de uma vida muito feliz, com pessoas bonitas, além de momentos, comidas e lugares lindos, onde dificuldades e momentos de tristeza passam longe!

Por incrível que pareça ou mais inofensivo que possa ser, este movimento anda levantando alguns questionamentos no que diz respeito a “vida feliz” nas redes sociais e a busca incessante por “curtidas” nas fotos publicadas. Não que essa superexposição seja vista como errada, banal ou até mesmo supérflua. Mas o que ultimamente tem se tornado motivo para reflexão, além dos exageros de selfies, são as postagens desnecessárias e de tudo que se faz na vida várias vezes ao dia. E o pior, que muitas das vezes, não retrata fielmente a rotina e a vida daquele usuário.

Seria então uma farsa criada e enganada pelo próprio dono da rede aquela vida plena de alegria e felicidade, onde tudo é legal, bonito e sem dificuldades? Partindo dessa ideia e baseado nesse cotidiano da vida moderna, um curta-metragem está sendo divulgado nas redes sociais (mais uma vez!) desde o final do ano passado fazendo crítica justamente a esta questão. 

O vídeo, intitulado de “What's on Yor Mind?”, que traduzido do inglês para o português refere-se a pergunta que aparece na página do mural do Facebook “Em que você está pensando?” faz crítica exatamente a esta questão da felicidade exacerbada vista nas redes. 

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No material, que já teve mais de 3,5 milhões de visualizações, um usuário de uma rede social que possui uma vida monótona, triste e rotineira, decide mentir em seu perfil para ganhar um maior número de curtidas em seus posts, ao ver que a vida que seus amigos da rede levam é muito mais interessante, bonita e divertida que a dele. Assista ao vídeo:

Não há nada demais em compartilhar com os amigos nas redes sociais os momentos de alegria, mas como já diz o ditado, tudo em excesso faz mal. Ou seja, os exageros das postagens sem limites podem estar influenciando a própria rotina de que utiliza este canais.

A partir do momento em que a pessoa deixa de aproveitar realmente a ocasião em que está vivendo e se preocupa mais em registrá-la e postá-la publicamente é que se torna perigoso, com necessidade de se estabelecer limites. Quando a vida passa a se tornar eventos programados para os posts, ela mesma deixa de ter sentido real.

E você, leitor? O que acha sobre esta questão? Qual seria a solução para os posts exagerados nas redes sociais? Deixe sua opinião nos comentários!